quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

JANELA DA ALMA


Janela da Alma, inquestionável presença da experiência do sentir,perceber... O filme retrata de maneira clara, limpa, explícita a sensibilidade humana. Depoimentos de pessoas com deficiencia visual de variados níveis. Entre estas pessoas, varios profissionais bem sucedidos como músicos, cineastas, fotógrafos, escritores, professores, etc. Fazendo uma reflexão sobre ver e o não ver o mundo, ou ver o mundo de uma forma diferente do comum.
Questiona-se a riqueza da visão, onde cada maneira de ver é uma realidade individual e cada experiência de olhar é um limite.
Os olhos não veem exclusivamente, cada ser procura sua maneira, de acordo com sua sensibilidade, pelo toque, pelo som, pela ausência de poluição visual, pela multiplicidade das formas, as imagens destorcidas ou fora de foco, as sensações de ir e vir. A subjetividade de cada visão transforma o incomodo de não ver em um desafio, onde o olho apenas ver, o sentimento revê, a imaginação transrevê. Ver com os olhos da mente.
A visão humana é alterada por sentimentos, percepções, sensações e emoções, criando uma imagem interior desenvolvida e não-convencional.
Um dos personágens faz uma referência importante à Caverna de Platão, observando o quanto hoje, somos ofuscados pelo excesso de imagens extraordinárias e perdemos o sentido da
imagem simples, clara e objetiva, a sutil beleza que transborda do simples.

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